O que parece nem sempre é! Como assegurar a qualidade das imagens (figuras) nos documentos?!
A imagem que colocou na sua tese parece excelente quando visualizada no ecrã do seu computador. Mas será que é igualmente agradável quando visualizada num tablet? Ou num computador com ecrã HD? Ou quando impressa a cores? E se for impressa a preto-e-branco?
O que parece nem sempre é! Por isso… vamos lá falar um pouco de imagens.
Os ecrã têm normalmente uma resolução consideravelmente baixa (de 72 a 200 DPI). Uma impressora tem no mínimo 300 DPI e pode ir facilmente até aos 1200 DPI. A consequência deste diferencial é que no ecrã as imagens parecem bem, mas na impressão ou num ecrã HD elas aparecem pouco nítidas (desfocadas) ou “às escadinhas”.
NOTA: DPI significa Dots Per Inch e 600 DPI é aproximadamente o mesmo que 236 pontos-por-centímetro. Logo, uma imagem com 10×5cm a 600 DPI deverá ter 10×236 por 5×236 pontos, ou seja 2360×1180 pontos.
E como é que o problema das imagens pouco nítidas se resolve?
Vamos falar de dois tipos diferentes de imagens…
O ecrã do computador é composto por uma matrix de NxM pontos luminosos. Tipicamente os ecrãs de computador têm 1200×800 ou 1920×1080. Outras resoluções são também possíveis. Um screenshot do ecrã do computador é, portanto, uma imagem com essa dimensão e, tipicamente, fica guardada num ficheiro PNG ou JPG. Estes são formatos tipo bitmap.
O sensor luminoso de uma máquina fotográfica digital é também constituído por uma matriz de NxM pontos. Por exemplo, uma resolução de 3264×2448 pontos corresponde a 8 megapixels. Uma fotografia digital dá normalmente origem a um ficheiro JPG.
Em ambos os casos as imagens são constituídas por um conjunto de pontos. Quando visualizados num ecrã de computador não nos apercebemos facilmente desses pontos, mas se fizermos zoom sobre a imagem eles tornam-se claramente visíveis (ver figuras em baixo).
Quando a imagem é composta por objetos geométricos (linhas, superfícies, etc), esta pode com frequência ser guardada num formato de ficheiro tipo bitmap (e.g., PNG, JPG, GIF, TIFF, …) ou num formato que use especificação vetorial. Os formatos vetoriais mais comuns são o SVG, o Postscript e o PDF. Neste caso dos formatos vetoriais, o que é guardado não são os pontos coloridos, mas sim uma especificação geométrica dos objetos, por exemplo: desenhar um círculo com raio de 35 pontos, com centro nas coordenadas (127, 45), com uma linha azul de espessura 3 pontos.
Com este tipo de imagens vetoriais, pode-se fazer zoom à vontade, tanto quanto se quiser, que a imagem aparecerá sempre sempre nítida. Veja-se o exemplo com uma arco (parte de um círculo).
E agora vejamos o efeito de um zoom sobre parte do gráfico quando guardado em JPG e em PDF.
Nota final: Os formatos vetoriais permitem “incluir“ imagens como objetos. Ou seja, um PDF pode conter simultaneamente círculos, quadrados, linhas, (especificados vetorialmente) e imagens (especificadas como um conjunto de pontos, bitmap). Por isso, se tem uma imagem que está no formato JPG, não é por a reexportar como um PDF que ela vai ficar vetorial. Irá ficar apenas com uma imagem (bitmap) embutida dentro de um PDF… mas continuará a ser ainda uma imagem. Para obter a imagem em formato vetorial, necessita de a exportar como PDF diretamente no programa de origem (caso este permita).
O que parece nem sempre é! Por isso… vamos lá falar um pouco de imagens.
Os ecrã têm normalmente uma resolução consideravelmente baixa (de 72 a 200 DPI). Uma impressora tem no mínimo 300 DPI e pode ir facilmente até aos 1200 DPI. A consequência deste diferencial é que no ecrã as imagens parecem bem, mas na impressão ou num ecrã HD elas aparecem pouco nítidas (desfocadas) ou “às escadinhas”.
NOTA: DPI significa Dots Per Inch e 600 DPI é aproximadamente o mesmo que 236 pontos-por-centímetro. Logo, uma imagem com 10×5cm a 600 DPI deverá ter 10×236 por 5×236 pontos, ou seja 2360×1180 pontos.
E como é que o problema das imagens pouco nítidas se resolve?
Vamos falar de dois tipos diferentes de imagens…
Imagens tipo bitmap
O ecrã do computador é composto por uma matrix de NxM pontos luminosos. Tipicamente os ecrãs de computador têm 1200×800 ou 1920×1080. Outras resoluções são também possíveis. Um screenshot do ecrã do computador é, portanto, uma imagem com essa dimensão e, tipicamente, fica guardada num ficheiro PNG ou JPG. Estes são formatos tipo bitmap.
O sensor luminoso de uma máquina fotográfica digital é também constituído por uma matriz de NxM pontos. Por exemplo, uma resolução de 3264×2448 pontos corresponde a 8 megapixels. Uma fotografia digital dá normalmente origem a um ficheiro JPG.
Em ambos os casos as imagens são constituídas por um conjunto de pontos. Quando visualizados num ecrã de computador não nos apercebemos facilmente desses pontos, mas se fizermos zoom sobre a imagem eles tornam-se claramente visíveis (ver figuras em baixo).
Fotografia (JPG) | Zoom da fotografia perto do centro (JPG) |
Imagens tipo vetorial
Quando a imagem é composta por objetos geométricos (linhas, superfícies, etc), esta pode com frequência ser guardada num formato de ficheiro tipo bitmap (e.g., PNG, JPG, GIF, TIFF, …) ou num formato que use especificação vetorial. Os formatos vetoriais mais comuns são o SVG, o Postscript e o PDF. Neste caso dos formatos vetoriais, o que é guardado não são os pontos coloridos, mas sim uma especificação geométrica dos objetos, por exemplo: desenhar um círculo com raio de 35 pontos, com centro nas coordenadas (127, 45), com uma linha azul de espessura 3 pontos.
Com este tipo de imagens vetoriais, pode-se fazer zoom à vontade, tanto quanto se quiser, que a imagem aparecerá sempre sempre nítida. Veja-se o exemplo com uma arco (parte de um círculo).
Zoom sobre circulo em JPG | Zoom sobre circulo em PDF |
Gráficos do Excel e semelhantes
Se fizermos um gráfico no excel e o guardarmos como PNG ou JPG, o resultado é semelhante à das fotografias e do círculo gravado em JPG. Por outro lado, se exportarmos o gráfico como PDF, a sua qualidade será semelhante à do círculo gravado em JPG. Vejamos um exemplo de um gráfico de barras.Dados | Chart |
Zoom sobre o gráfico quando gravado em formato JPG | Zoom sobre o PDF |
Regra(s) de Ouro
- Se tem que colocar uma imagem de uma fotografia no seu documento, use sempre imagens preferencialmente a 600 DPI ou mais, e nunca, mas mesmo nunca, abaixo dos 300 DPI. Logo, se quer colocar uma imagem com 15×10cm no seu documento, para ficar a 600 DPI esta deverá ter 3540×2360 pontos.
- Se tem que colocar um screenshot no seu documento, se puder gere o screenshot num ecrã de alta resolução, para este ter maior resolução (mais pontos).
- Se quer gerar uma imagem manualmente, faça-o num editor que permita depois exportar a sua imagem em formato vetorial (PDF). Exemplos são: Adobe Illustrator, Microsoft Power Point, Inkscape (free). Pode ver mais alguns procurando no google por por “vector graphics editor”. Por exemplo: https://www.maketecheasier.com/free-graphic-editor-for-creating-vector-image/
- Se gerar a sua imagem/gráfico no Excel ou no PowerPoint, exporte-as como PDF (e nunca, mas mesmo nunca, como JPG). Se necessário depois utilize um editor de PDFs para fazer crop do PDF.
- Pode ainda gerar imagens vetoriais usando o pacote Tikz (mas recomendado esta opção apenas a utilizadores avançados).
Nota final: Os formatos vetoriais permitem “incluir“ imagens como objetos. Ou seja, um PDF pode conter simultaneamente círculos, quadrados, linhas, (especificados vetorialmente) e imagens (especificadas como um conjunto de pontos, bitmap). Por isso, se tem uma imagem que está no formato JPG, não é por a reexportar como um PDF que ela vai ficar vetorial. Irá ficar apenas com uma imagem (bitmap) embutida dentro de um PDF… mas continuará a ser ainda uma imagem. Para obter a imagem em formato vetorial, necessita de a exportar como PDF diretamente no programa de origem (caso este permita).
Comentários
Enviar um comentário